O crescimento das cirurgias laparoscópicas assistidas por robô em ginecologia geral e oncológica tem sido expressivo, desde a aprovação pelo FDA (Food and Drug Administration) em 2005. Entretanto esse crescimento tem sido acompanhado de controvérsias envolvendo seu uso. Embora existam desvantagens da tecnologia robótica, há também vantagens óbvias e claras que são difíceis de quantificar na literatura científica, mas evidentes aos usuários e pacientes.
A literatura disponível tem falhado em concluir os reais benefícios da cirurgia robótica quando comparada com a laparoscopia convencional. No entanto alguns atributos chave da cirurgia robótica são difíceis de refutar, como: melhor ergonomia e precisão cirúrgica para o cirurgião, menor curva de aprendizado e menor taxa de conversão para cirurgia aberta comparadas à laparoscopia convencional, melhor opção de cirurgia minimamente invasiva para um grupo específico amplo de pacientes (endometriose, oncologia, procedimentos microcirúrgicos de infertilidade) e maior facilidade de migração de cirurgia aberta para minimamente invasiva.
Em relação à cirurgia aberta, os benefícios são inúmeros: menor trauma cirúrgico, recuperação e retorno às atividades mais precoces, menor taxa de infecção e de sangramento, melhor resultado estético e menores custos com medicação.
A laparoscopia assistida por robô melhora a precisão e destreza com instrumentos articulados, imagem tridimensional e ausência de tremor, além da possibilidade de treinamento extensivo em simuladores com avaliação de desempenho. Algumas desvantagens são perda da sensibilidade tátil e alto custo, esta última o assunto de maior debate e controvérsia. A perspectiva de entrada de novas empresas concorrentes no mercado e de novas gerações mais modernas de robôs deverão diminuir esses valores atuais.
No mundo existem mais de 3200 plataformas robóticas, sendo quase 70% nos EUA. No Brasil, até 2018 haviam 41 unidades em 35 programas, a maioria concentrada no eixo sul/sudeste. No Ceará dispomos apenas de um sistema robótico no Hospital Monte Klinikum ( Geração Si) e agora contando com cirurgião oncológico de formação na sua equipe.