Os tumores epiteliais de ovário são neoplasias frequentemente diagnosticadas em estadios avançados. As principais razões são: falta de exames de rastreamento efetivos, ausência de sintomas nas fases iniciais da doença e biologia agressiva do tumor.

As principais vias de disseminação do câncer de ovário são através de implantes peritoneais e metástases para linfonodos regionais. O comprometimento linfonodal em tumores avançados pode ocorrer em mais de 50% dos casos, tornando muitas vezes necessária a linfadenectomia sistemática da pelve e do retroperitônio. Entretanto, em tumores iniciais menos agressivos, como os mucinosos e endometrióides de baixo grau, a linfadenectomia pode ser omitida sem impacto na sobrevida da paciente. No outro extremo, se a doença se apresenta com volumosa disseminação peritoneal e sem doença linfonodal macroscópica, estudos mostraram que a linfadenectomia neste cenário também não possui benefício.

É de extrema importância a avaliação individualizada de cada caso para a decisão correta do tratamento cirúrgico, pois a retirada desses gânglios está associada a possíveis complicações linfáticas e vasculo-nervosas, como linfedema, sangramento transoperatório e disfunções intestinais e vesicais.