Os avanços no diagnóstico e tratamento em oncologia tem mostrado que o foco atual não se resume simplesmente à cura da doença e melhora das taxas de sobrevida, mas também a uma reabilitação mais rápida, menos sequelas do tratamento, melhor qualidade de vida, diminuição do risco de recidiva da doença e retorno mais precoce dessas pacientes ao convívio social e mercado de trabalho. Para obter esses melhores resultados, o papel no tratamento do câncer deve contar não apenas com as especialidades médicas ligadas à oncologia, mas com os demais profissionais da área da saúde envolvidos, como fisioterapia, enfermagem, farmácia, nutrição, fonoaudiologia e terapia ocupacional entre outras.

A necessidade da multiprofissionalidade decorre do aumento das necessidades e das particularidades de cada paciente durante seu tratamento, prevenção e reabilitação. O cuidado vai além do biológico, mas também do psicossocial. E isto demanda o cuidado integrado entre os profissionais, decorrente do aprofundamento das informações e fragmentação do conhecimento entre as diversas especialidades, o que faz com que a colaboração de cada um faça a diferença no resultado final dos pacientes.

E esse cenário da multidisciplinaridade e multiprofissionalidade tem sido visto, não só na medicina privada, como também no sistema único de saúde, cujo incentivo tem propagado a criação dos Centros de Alta Complexidade em Oncologia (CACONs), na qual o paciente oncológico é encaminhado para tratamento em centros especializados.

Procure sempre profissionais que trabalhem em ambientes com estrutura multiprofissional. Certamente as chances de um tratamento mais personalizado e eficaz serão maiores.